quarta-feira, 1 de julho de 2015

Diário de um amor proibido - Cap 11







Fiquei alguns minutos la com a cabeça baixa, pensando no que fazer, mas simplesmente não iria contar esse tipo de coisa para meu pai, ele não deveria saber, aquilo era meu, então levantei a cabeça, sequei as lagrimas e fui para a casa. Abri a porta com a cara fechada, e minha mãe ja começou com o maior questionamento possível:
- Aonde você estava mocinha? - Me olhou com uma expressão assustadora.
- Fui levar o Luan para a casa, mas pera, faz um favor?
- Depende, mas vai fala, você pode tentar. - Eu sentia uma raiva enorme quando ela fazia esse tipo de coisa, eu fazia tantas coisas para ela e ai recebo isso, por favor né.
- Se a mãe do Luan ligar, fala que ele ta aqui, e é só isso, to pedindo.
- Ta bom, nem vou me meter ficarei bem quieta aqui, não quero nem saber dessa história ai.
- Okay mãe, okay.
Logo quando eu virei o rosto para ir ao meu quarto, ela me segurou pelo braço, a olhei nos olhos.
- Me solta, por favor, vamos evitar brigas hoje.
- Você ta bem?
- Você fala como se você se importasse comigo, que engraçadinho. - Acabei rindo ironicamente.
- Eu estou preocupada, você anda estranha, triste, você esta fazendo esse tipo de coisa no... - Quando ela foi terminar de falar, eu a interrompi.
- Evite falar sobre isso, eu não to bem, ta feliz em saber? agora me deixa em paz.
Puxei meu braço e andei ao direção meu quarto, tranquei a porta, e deitei na cama.
Estava desesperada em como iria resolver as coisas, não deveria ter tratado minha mãe assim, mas doía lembrar da época em que contei a ela, aqueles dramas que foi feito, as lagrimas que derramei, as coisas que ela me disse, tudo voltava e eu acabei a tratando de um jeito ruim, mas isso iria passar, então deitei, e fiquei falando com a Poliana, e acabei contando tudo que estava acontecendo, e depois de minutos cai no sono.
No dia seguinte, levantei da cama, me arrumei e fiquei o dia todo no quarto, mas uma hora eu tinha que acabar saindo, porque precisava comer, ir no banheiro e etc. Abri a porta de um jeito que ninguém fosse ouvir, quando pisei fora...ouvi meu pai falando algo para minha mãe, então resolvi chegar perto para escutar bem a conversa deles.
- Se ta te incomodando pegue o celular dela, osh.
- Mas isso deixaria ela mais triste que o normal.
- Você quer ser uma mãe decente? Então pega a merda do celular. - Ouvi algo sendo jogado violentamente no chão.
- Eu não consigo fazer isso, me desculpa.
- Blz, então faço eu.
Corri em direção ao quarto, tranquei a porta e fiquei ali parada por longos 2 minutos, sem entender absolutamente nada do que estavam falando, mas sabia que o assunto daquela conversa era eu.
Quando do nada, ouvi batidas fortes na porta, e gritos que doiam o ouvido:
- Abre a merda da porta. - Meu pai dizia de um jeito escandaloso.
- Por que? eu não fiz nada.
- Quero falar com você.
Me levantei do chão, abri a porta, e olhei para os olhos do meu pai, foi quando ele ja me empurrou me fazendo cair em cima da cama.
- Vai menina, senta ai que eu quero falar com você.
- Okay, estou ouvindo. - Sentei, e abaixei a cabeça.
- Sua mãe anda me dizendo que você fica muito nesse celular ai, mas não faz nada dentro de casa, e agora o que eu faço com você?
- Não sei. - Falei baixinho.
- O que? E ainda ta resmungando?
- Não, eu não estou.
- Toma cuidado ein. - Ele levantou e saiu do meu quarto, batendo a porta com uma enorme força.
Deitei na cama e comecei a chorar sem parar.
Ouvi o barulho da porta se abrir e ja gritei.
- Eu não fiz nada.
Minha mãe riu, sentou do meu lado, e disse:
- Se cuida ein, você sabe como seu pai é.
- Eu sei mãe, é nesse momento que sei porque eu não gostava dele. - Dei uma risadinha irônica.
- Ainda tenho esperanças de um dia vocês se acertarem.
- Sonha, não gosto dele, e nunca vou gostar, devia ja ter colocado isso na sua cabeça néh.
- Anna, ele esta tentando.
- Tentando? Jura? olha realmente, a unica vez que ele me fez sorrir foi por conta do presente que me deu, mas de resto só me fez chorar, então podemos concluir que eu continuo não gostando dele. - Fiz sinais com a mão como se estivesse fazendo contas, e no final dei um sorriso irônico novamente.
- Tudo bem, só te peço que tome cuidado, porque ele ta louco, louquinho pra mexer nas suas coisas, qualquer bobeira que você acabar fazendo ele vai pegar seu celular, e não te devolver nunca mais.
- Ta bom mãe, eu sei, obrigada pelo conselho.
Deitei novamente, esperando com que minha mãe saísse do quarto, e foi o que ela fez.
Então liguei o celular, e resolvi ficar conversando com Poliana sobre algumas coisas que estavam acontecendo em casa, quando notei ja eram 22h00, e lembrei de buscar o Luan, antes que a mãe dele pirasse.
- Ei poliana, desculpa ter que interromper nossa bela conversa, mas é que eu tenho que buscar meu melhor amigo.
- Tudo bem, pode ir, mas volta logo porque preciso conversar com você sobre um assunto sério.
Me despedi dela, coloquei minhas roupas, e fiquei pensando no que era tão sério assim, credo me assustou.
Sai do quarto no maior silencio quando do nada...minha mãe apareceu.
- Aonde a mocinha acha que vai?
- MÃE É URGENTE.
- Credo menina, não grita comigo.
- Desculpa mãe, mas é que tipo, eu posso ir buscar o Luan? E trazer ele pra dormir aqui? Por favorzinho. - Fiz um biquinho.
- Okay, okay, mas não demora.
Abracei ela, e disse tchau. Fui caminhando bem devagar, assim poderia lembrar qual era o caminho da casa do namoradinho do Luan, até que vi dois meninos se beijando violentamente em um portão, era ai que eu já sabia que estava na rua certa. 
- EI, VOCÊS DOIS, SE COMAM, MAS SE COMAM LA DENTRO. - Falei gritando, e correndo na direção dos dois.
- Nossa Anna, nem um pouco discreta néh? - Luan falou com a maior cara de deboche.
- Olha querido, você em vez de reclamar agradeça sua linda amiga que fez você transar néh hehe. - Sorri ironicamente.
- Pessoal, oi, alo, já são quase 23h00, a gente não pode mais ficar na rua não, vão entrar? ou vai levar meu macho pra casa? - Namorado de Luan interrompeu.
- Desculpa, mas infelizmente vou ter que levar seu macho pra casa, porque a mamãe dele ta quase parindo um filho viu, desculpinha.
Eles deram um beijão na minha frente, que cheguei a ficar de boca aberta, e se despediram. Fui andando na frente, quando do nada uma criatura pula em cima de mim.
- AMIGA, FOI MARA VIU.
- Eu imagino Luan, mas e ai, me conta tudo, como foi, quais são suas intenções e por ai vai.
- Então néh viada, pela primeira vez...eu to mesmo apaixonado. - Disse meio envergonhado.
- PARA COM ISSO, PARA DE MENTIR, O FODEDOR DE GURIS, APAIXONADO? NÃO BRINCA COMIGO, PRECISA PARAR DE FAZER PIADA SEM GRAÇA AMIGO. 
- ANNA, ANNA, ANNA DE VERDADE.
- Isso é sério? - Abaixei meu tom de voz.
- Sim, é sim.
Paramos em uma praça para conversar no caminho.
- Me responde uma coisa Luan?
- Sim, pode falar.
- O que te fez se apaixonar por ele? Por que ele e não os outros?
- Você fez duas perguntas, e disse que ia fazer só uma.
- Af, larga de ser chato e responde por favor, to te pedindo. - Fiz um biquinho.
- Ta bom, ta bom. Então eu acho que entendo o que você estava passando. 
- Não, pera, calma, me explica isso direito.
- Essa menina que você ta apaixonada, percebi que o amor chega do nada, e tipo aquilo que é mais difícil a gente acaba gostando. 
- Kara, sinto-lhe informar mas eu ainda não entendi. - Cai na gargalhada.
- Anna sua anta, você disse que ela era difícil de lidar, totalmente o oposto de você, não foi? E que ela te da altos foras? Mas você não tem a Letícia? O que te fez escolher essa ai do que a Let? Sabe responder?
- Acho que agora to entendo, quer dizer um pouco.
- Ela chegou na hora "errada", vamos dizer assim, e ela ta sendo algo difícil e o seu oposto, e ta chamando pra caralho sua atenção. O Matheus fez o mesmo comigo, kara eu to tentando ficar com ele a uns 6 meses e ele só me correspondeu essa ultima semana, eu que não largo esse macho, é tudo de bom.
- Agora entendi, você é a unica pessoa que parece me incentivar com a Poliana.
- Querida, não to fazendo nada, essa garota ai é suicídio pra você, sério, ela é doidona.
- Como assim? meu deus. - Acabei rindo.
- Ela te trata de um jeito horrível, uma hora ta bem, outra ta esquisita, uma hora quer falar com você, a outra não. E parece que você só fica feliz quando ela ta com você, ta parecendo que ela é sua base de felicidade, e olha..não deveria. Seja feliz sozinha primeiro, porque se ela te decepcionar, você tem chances de se reerguer rápido, mas se ela for sua base, se reerguer vai ser dificil, acredite em mim.
O abracei, e comecei a chorar descontroladamente.
- Falei algo tão bonito assim para você chorar? Ou ela ja é sua base e você sabe que ta fodida?
- S...s...sa...be. - Falei gaguejando.
- Querida, eu não to entendendo nada, fala direito.
- Uma maluca...quer dizer a vizinha fofoqueira descobriu que fico com meninas.
- O QUE? ISH MARIA VOCÊ SE FODEU. 
- Você podia ser mais legal, certo?
- Você esta humildemente encrencada hehe, assim ta bom?
- Sério Luan, eu to ferrada, ela meio que deu uma ameaçada básica, e esses dias meu pai ta tão bravo que ta me assustando, alias você passa a noite la em casa?
- Tenho medo do seu pai, mas sim, eu passo.
Saímos da praça, e fomos para casa. Começamos a caminhar tendo uma longa conversa sobre tudo o que estava acontecendo, até que o Luan viu a vizinha.
- Nossa Anna, vamos dar a volta, pra voltar pra casa porque se eu passar por aqui acabo passando mal.
- Osh, por que?
- Tem uma maluca ali do outro lado, fofoqueira. - Ele gritou.
A vizinha veio até nossa direção, e sorriu de um jeito muito irônico, e passou reto.
- Viu, eu boto medo nas pessoas.
- Luan para, porque você ta me fazendo rir. - Comecei a rir sem parar.
- Ta rindo do que trouxa? 
- De nada não, vamos apenas pra casa, cuidar das nossas vidas, antes que alguém queira cuidar delas. - Também gritei, para que fosse possível para a vizinha ouvir.
Mas fomos andando, melhor desfilando pela rua até chegar na porta de casa, toquei a campainha, e minha mãe apareceu na varanda.
- Quem é?
- Quem você acha ein dona? - Luan falou com um tom de surpresa.
- Ai um viado, nem vem.
- Olha você para ta, vou te processar fofa.
- Processa gato, vai.
- Olha mãe, depois vocês podem zoar, mas aqui ta frio e eu quero muito entrar. - Interrompi a zoera deles.
- Mal humorada, credo.
Ela jogou a chave, abrimos a porta e já começamos buscar algo pra comer, e pra depois ir pro quarto.
- Credo, tudo isso pra ficar longe da gente? - Minha mãe questionou.
- Senhorita, eu só quero comer mesmo, a depre que vai se trancar no quarto é a Anna. - Luan falava rindo.
Nem respondi, apenas peguei a comida e fui para o quarto, coloquei um filme e esperei o Luan sentar, e começamos a assistir. Eu olhava pro celular de um jeito, porque queria MUITO falar com Poliana, até que Luan resolveu ceder.
- Relaxa, pode ir falar com ela, eu já vou dormir amôzinho.
- Sério Lulu? - Falei sorrindo.
- Super sério. 
Me levantei da cama correndo, peguei meu celular que estava carregando e comecei a falar com Poliana, quando me toquei ja eram 02h00 da manhã, e o Luan ja havia dormido.
Mas a conversa estava tão boa, ela estava tão fofinha, até que tava tudo estranho, ai que me toquei do assunto sério que ela tinha comentado, e resolvi "arrancar" isso dela.
- Poliana, agora me conta uma coisinha, o que era aquilo que queria tanto falar?
- Bom...quer mesmo saber?
- Sim, quero muitão. - Coloquei um emoji triste do lado da mensagem.
- Okay, vou mandar um áudio.
Eu amava a voz daquela garota, não sei porque, na verdade pode ser porque eu estou apaixonada, mas o que seja que ela for falar vai ficar muito lindo na voz dela. 
O áudio tinha uns 5 segundos, estranhei mas resolvi ouvir.
- Você pode falar por áudio também?
- Sim, eu posso, por que?
- Sabe, eu to querendo falar isso a um tempo, mas queria ver se você iria aguentar, e olha ta de parabéns, aguentou.
- Sim, quando a gente gosta da companhia de alguém, a tendencia é continuar ali, certo?
- Certíssima, mas não sei se devo falar.
- Poliana, fala logo pelo amor, você ta me deixando nervosa, eu fiz alguma coisa?
- Eu te amo.
Ouvi aquele áudio umas 10 vezes para ter certeza que era ela.
Quando ouvi aquilo, parecia que estava nas nuvens, me senti muito leve. 
Acho que esse "Eu te amo" só serviu pra afirmar que eu to perdidamente apaixonada por ela, e que eu to cometendo um suicídio, é, pois é o amor é assim, a gente nem escolhe por quem vamos sofrer, é triste.

Então gente maravilhosa, é isso ai. 
Para quem estava esperando tanto, terminei o capitulo e logo logo tem mais ja que eu to de férias.
Nessas férias vai ter muitas novidades, espero que gostem viu, e falando nisso vou dar uma "atualizadinha" para quem ta perdido. Enfim, beijos, adoro vocês. ♥♥

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